Pois é povo! Eu tenho mais postado no Twitter e nos outros meios de comunicação do blog, que ando sem paciência para repetir tudo de novo no blog. Mas, não me esqueci daqui não. Claro que neste espaço eu tenho que fazer algo mais elaborado, porque não sei quanto a vocês, mas minha maior dificuldade durante o tour é acompanhar os times e tecer comentários quando eles jogam com os “conhecidos”, como os olimpianos e times que contém olimpianos (geralmente os alternates, que não são da mesma equipe que são escalados ou times que passaram por altas reformulações depois de Vancouver).
Mas, graças aos streams que, ainda que às vezes demorassem e não apresentavam alguns jogos interessantes ou sem narração principalmente nas finais, a Laola1.tv e o Curlingkanalen tem sido a diversão da galera a partir das quintas de madrugada, e acompanhar os placares da ASHAM World Curling Tour (WCT) é obrigatoriedade pra quem queria acompanhar os campeonatos no Canadá que não tem transmissão (à exceção do KW Fall Classic que o CurlingZone transmitiu em câmera estática, entretanto ver o jogo só por uma casa é complicado, já que as casas mudam de um end para outro).
Então desde já, perdoem-me por não colaborar com comentários técnicos sobre cada jogo, sou uma aficionada por curling em formação, lendo muito pra trazer o melhor para vocês. Não sou uma “George Karrys” de saias, mas aos poucos vou chegando ao nível dele e de outros comentaristas, pra trazer informações pra mim e pra vocês.
Feitas as introduções, vamos aos resultados desde após o Baden Masters e tudo o que ocorreu de interessante e de dúvidas durante o tour.
ANTES DE MAIS NADA, por sugestão de alguns interneteiros, explico o porquê das partidas durarem pouco tempo e serem mais rápidas que as que vocês viam nas Olimpíadas. Lembram que eu anteriormente traduzi sobre as eleições em Cortina? Pois esta era uma das sugestões da reunião, que os ends fossem reduzidos de dez para oito, sem intervalos no 5º End e com um pedido de tempo por equipe. Entretanto, não foi aceita a redução, mas na WCT e no Curling Champions Tour (CCT) este formato é aceito, então o jogo é mais corrido, como foi no Players’ Championship em abril.
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Começando com a segunda semana do WCT: Como visto no painel que eu atualizo sempre (ó, sempre fique de olho no nele e nos vídeos semanais do blog, procuramos sempre fazer isso pra atualizá-los), tivemos o torneio AMJ Campbell Shorty Jenkins Classic, em Brockville, Ontário (CAN), província onde atuam Jeff Stoughton e Glenn Howard, e o The ShootOut, em Edmonton, Alberta (CAN), terra de Kevin Martin e Cheryl Bernard.
Eu costumo brincar nos tweets que o Shorty Jenkins Classic é o torneio do tiozinho do chapéu cor-de-rosa, mas brevemente introduzindo, Shorty Jenkins é um dos “mestres do gelo” (técnico de gelo) mais famosos e competentes do Canadá (ele faz a mesma função de Mark Shurek, que esteve aqui no Brasil mês passado).
No masculino, tínhamos figuras como Glenn Howard, Jeff Stoughton, Martin Ferland, Brad Gushue/ Randy Ferbey, Pete Fenson (EUA, quarto lugar no mundial em Cortina), mas quem se destacou foi o time de Jean-Michel Menard, vencedor pelo torneio pela primeira vez. A equipe é de Gatineau/Levis, Québec (CAN). Os membros são Martin Crete (third), Eric Sylvain (second) e Jean Gagnon (lead).
Time Menard, print site do WCT. |
Já no feminino, quem retornou foram as comandadas de Jacqueline Harrison e Eve Belisle, que conhecemos no Players’ Championship. Mas a primeira equipe bicampeã seguida do torneio é comandada por Rachel Homan. A equipe pertence à cidade de Ottawa, na mesma província do torneio e é composta por Emma Miskew (third), Alison Kreviazuk (second) e Lisa Weagle (lead). Elas tem site e twitter.
Team Homan. Fonte: Site oficial. |
Apresentação dos finalistas com a gaita de fole na frente tocando (deve ser de arrepiar!) |
Jogo da final |
O time campeão feminino e o troféu. |
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No ShootOut, os fracassos da Equipe de Cheryl Bernard foram destaque na mídia (afinal, a vice-campeã olímpica perder três jogos seguidos e não figurar entre as primeiras não caiu no gosto dos fãs e nem dela). Mas a pior de todas foi a derrota de Kevin Martin nos playoffs, surpreendente pela equipe de Robert Schlender por 6 x 5.
Entretanto, no masculino onde figuravam nomes como Pat Simmons e Ted Appelman, quem venceu foi a equipe de Don Walchuk (guardem este nome). A equipe é da casa e é composta por Chris Schille (third), D.J. Kidby (second) e Don Bartlett (lead). A curiosidade é Walchuk já jogou ao lado de K-Mart e Carter Rycroft (atualmente na equipe de Kevin Koe) nas olimpíadas de 2002, quando eles perderam para Pål Trulsen e seus comandados noruegueses.
No feminino, as atrações eram Shannon Kleibrink, Crystal Webster e Cathy King. A campeã, com a ajuda de Cathy Overton-Clapham como third (sim, ela mesma, a Cathy O ex-Jones), foi a equipe de Heather Nedohin, esposa de David Nedohin, ex-Ferbey Four. Nela atuaram ainda Jessica Mair (second) e Laine Peters (lead).
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Desde o dia 21 temos um banho de cobertura via blog do Skip Cottage do Campeonato de times mistos da Europa e da série C Europeia. O primeiro torneio marcou a volta da Dra. Andrea Schoepp, alemã campeã mundial, ao gelo junto com o marido Rainer Schoepp, onde ela conquistou o terceiro lugar enfrentando a Inglaterra. Os campeões foram da equipe escocesa, que derrotaram a equipe suíça por 6 x 2.
Outra atração do misto foi a estreia da Turquia em eventos mundiais, comandados pelo escocês Brian Gray (sim, o mesmo que narrou o jogo do Baden Masters. Mundo pequeno esse!). E logo no primeiro jogo, venceram a Holanda por 7 x 6. Só que nos jogos seguintes, perdeu. Mas o técnico revelou que estava orgulhoso de seu time, via facebook:
Eu não posso deixar de acreditar que a Turquia caminhou no gelo nesta manhã, no seu primeiro evento internacional e casualmente venceu a Holanda em um “thriller de última pedra...”
Entretanto, na série C, a Turquia e a Irlanda se classificaram para a série B no feminino, sendo que as Irlandesas venceram por 11 x 3 a final. A final masculina ocorre hoje às 22h no horário de Brasília.
Quer conferir tudo? Aqui (misto), e aqui (série C).
Já já tem mais! \o/
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