Uma pequena homenagem e um anúncio

Postado por Ana quinta-feira, 1 de maio de 2014

Uma pequena homenagem e um anúncio

O capacete e a pedra.

Imagem IG

Pois é, todos os veículos ligados ao esporte fazendo homenagens a este piloto que animou muitos domingos.
Como pessoa que viveu naquela década e viu tudo o que aconteceu, do auge ao acontecimento fatal, não deveria estar indiferente a este dia, que é marcante a todos os brasileiros, fãs do desportista e ser humano, que foi o Ayrton Senna.
Porém ao pensar no que falar da história desta figura icônica, veio imediatamente um elemento emblemático que o acompanhou em trajetória, o capacete.
Objeto arredondado, de viseira preta, mas de cor predominantemente amarela, em meio a traços verde, azul e branco. Uma pessoa mais conservadora diria: "ah, é muito feio amarelo", "de onde surgiu a ideia desse garoto usar justo essa cor..." em meio a capacetes azuis, vermelhos, verdes, pretos, brancos. Porém ao ver aquele ponto amarelo em qualquer carro onde seja que equipe ou carro, estivesse, lá estava o cara. E toda a sua ousadia do capacete se refletiu na personalidade, pensando sempre "fora da caixa".
De certa forma, Senna tem muito em comum com o curling. Eu mesma, pensei quando indagada se deveria fazer uma homenagem ou não, na hora pensava que eles não tinham ligação. O espírito ousado, competitivo, inovador, ético, honesto e seu pensamento tem muito a ver com a filosofia do curling, do esporte, e do que deveríamos ser.
O artigo de hoje é uma inspiração em conjunto, na verdade uma despedida do "velho para o novo". O blog Curling Brasil como conhecido não existirá mais. Mas como Senna foi uma inspiração para uma nação, o nosso blog despretencioso plantou uma sementinha.
Quem saiba em meio a pedras, vassouras, gelo, não surjam não só talentos, mas sim pessoas melhores, assim como em meio a varas, tênis, raquetes, bolas de vários tamanhos, patins de lâminas ou rodas, bastões...
Porque Senna e outros heróis foram ou são mais que seus instrumentos de trabalho ou proteção. Foram atletas no sentido da palavra.
Que venham mais, sempre.
Fiquem com o texto da jornalista Natalia Fontoura. Um HARD a todos e até breve!
Ana.

SENNAcional

por Natália Fontoura

Imagem Terra/ Getty Images

Como começar esse texto?
Como sintetizar e canalizar a saudade em simples palavras?
Como passar a euforia de todos aqueles domingos matinais?
Como explicar o brilho dos olhos dele quando vislumbrava o carro no boxe?
Como lembrar do arrepio que vinha da espinha ao ouvir o som do motor?
Como exemplificar a adrenalina das corridas chuvosas, principalmente aquelas em que ele desafiava o circuito de Mônaco?
Como comemorar as vitórias?
Como lamentar os fracassos?
Como transmitir a gana e a coragem que ele tinha em cada curva?
Como elucidar a rivalidade entre ele e Prost?
Como desmistificar o titã das pistas num rapaz franzino de São Paulo?
Como não se emocionar com esforço dele no GP de Interlagos em 1991, quando ele venceu com apenas uma marcha no carro e com dificuldades ergueu a taça?
Como superar o rancor de Ímola e sua carrasca Tamburello?
Como sorrir o sorriso ao ver aquele capacete amarelo?
Como representar a comoção massiva de cortejo dele?
Como dizer que aquela bandeira, tantas vezes erguida por ele, o cobria pela última vez?
Como falar para as gerações mais novas quem foi ele?
Como fazer o mundo entender o que ele representa para o Brasil?
Como nomear alguém que virou sinônimo mundial?
Como homenagear um homem que sintetizou em si o espírito de uma nação?
20 perguntas. Meus cumprimentos a quem conseguir responder essas questões, pois eu e muitos brasileiros não saberemos fazê-lo. Palavras ainda faltam e sempre faltarão.
20 anos. No dia 1º de Maio de 1994, o Brasil perdeu um filho, um herói, um ícone... Apenas um homem, um nome. Mas ao invés de lágrimas, sorriremos a memória dele. Impossível falar de forma jornalística ou profissional e não se deixar levar pela emoção.
Afinal, somos todos brasileiros. Somos todos Ayrton... Ayrton Senna do Brasil!
Um agradecimento especial à fundadora deste blog, Aline.

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